quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Sol de Outubro

Outubro nunca foi tão quente, pelo menos para mim
Moscas agitadas procuram um lugar para pousar, enquanto imóvel penso na vida.
Uma música toca ao fundo
Em minha frente uma parede manchada brinca com o céu azul e sem nuvens.
Um cão tenta chamar minha atenção abanando freneticamente a cauda, o que demoro a perceber.
Em minha mente misturam-se pensamentos de futuro e sonhos que ainda quero viver, mas outubro para mim nunca foi tão quente.
A pouca diferença entre o sol e a sombra fazem-me pensar em como nada posso fazer em relação a alguns assuntos,
Fico à espera de uma brisa, um sopro morno que seja que me faça despertar.
Pardais brincam entre os arames do varal e lembro-me de que tempos atrás fui mais feliz e outubro, menos quente.
Acaricio o cão que se afofa a meus pés e lembro-me de tomar uma decisão.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Sem explicação!


Não há mal na doçura. No carinho, no afeto sincero.
Tocar o coração de alguém apenas com sentimento, sem toques, nem pressa.
Sem medo de dar errado, ou simplesmente não acontecer.
A espera, o tempo, a distância, o costume de querer o improvável.
Incrível maneira de viver. Passar dias e parecer a eternidade.
Frases soltas, com todo o significado possível.
Lembrança do que não aconteceu, pudera, mas não.
A vida é incrível, as formas do amor mais ainda.
Desejo a calmaria e ternura de um amor sincero, diferente de "sentimentos paixões", 
Avassaladores momentâneos que nada significam após a aurora.
Não é o que quero para mim.
Desejo ser feliz, deixar ser.
Deixar-se fazer e fazer a outrem também.
Forma complicada de viver.
Incrível forma complicada de viver.
Não apenas ser feliz, fazer.
E a vida toma rumos maravilhosos, desconhecidos, sonhados, até pouco acreditados.
Como alguém mereceria tal sentimento? E ao mesmo tempo, porque alguém duvidaria do amor?
Amor não é dado, é sentido, compartilhado.
Voa uma borboleta, sopra uma brisa fina de outono e meu coração brota de esperança.
As formas do amor.
Ama uma criança, uma criança ama, cresce e não esquece.
Porque razão teria sentido, explico.
Sentimentos são para ser vividos, ao pé dá letra sentidos.
Amo eu, amo você.
Sem ter que explicar.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Bilhete de Amor!

A vida é bela, mas pode ser magnífica.
O que aconteceria se você deixasse o orgulho de lado e confessasse que me ama?
Talvez no fim da vida, quando olhar para trás chegue a conclusão de que valeu a pena viver um grande amor.
Porque o amor, sabemos hoje, talvez tarde demais, é pacífico e confiável. Todas as vezes que te deixei livre é porque sabia que retornaria para mim.
O fogo e a possessividade são passageiros e facilmente esmagados pelo verdadeiro amor.
Quando se ama o coração saberá sempre que está em casa.
Motivos supérfluos são motivos supérfluos e você sabe exatamente onde seu coração encontra paz!

sábado, 22 de fevereiro de 2014

A garota e o balanço!


Era uma vez uma garota muito simpática. Não importava o que acontecesse ela estava sempre a sorrir. As pessoas que a rodeavam diziam: Como é possível alguém ser tão feliz.
Tudo ia bem em sua vida até o momento em que ela se viu obrigada a crescer. Os números no RG indicavam que ela deveria parar de agir como uma garotinha meiga e descontraída e o espelho a obrigava a tomar decisões difíceis todos os dias.
Um dia, sentada em seu balanço no fundo do quintal parou para pensar na vida. Lembrou dos dias em que suas únicas preocupações eram: Devo pintar esta borboleta de vermelho ou rosa? Leio Monteiro Lobato ou Irmãos Grimm? Ando de patins ou de bicicleta? Ela viu que o tempo tinha passado tão silencioso que não percebeu a diferença entre a fantasia e o real. 
As horas passadas em frente ao espelho agora eram para decidir entre um sapato ou outro, cabelo solto ou preso, "Será que essa roupa combina comigo"? E eram questões tão superficiais que em nada refletiam quem ela era de fato, nem exteriorizava a verdadeira garota que vivia dentro dela. Se ela escolhesse a bolsa errada nada iria mudar no final do dia. Ela tentava levar a semana da forma mais completa, cheia de compromissos para que não tivesse que pensar em questões que a perturbavam como: Com quem vou me casar? Qual profissão escolher? É a hora certa para fazer isto ou aquilo? Digo sim ou digo não? Entre tantas outras que ela não fez questão de listar. 
Assim, percebeu que o sapato combinando ou não era apenas uma escolha, sem renúncias significativas. A vida não! E muita coisa dependia dela. Se para escolher era preciso renunciar que assim fosse. Não teria mais medo de se posicionar durante uma discussão. Não ouviria a voz do coração todas as vezes, pois ele já havia mostrado o quanto seus anseios eram enganosos. Iria sem medo de errar começar tudo de novo, sair pelo mundo registrando fatos e lendo pessoas. 
O balanço era seu mundinho, feito sob medida para ela, mas percebeu que seus pés agora tocavam o chão, talvez fosse um sinal. Uma brisa suave soprou em seu rosto, logo após um vento quente a impulsionou para frente. Então chegou a conclusão de que ficar esperando pelo futuro não a levaria a lugar algum a não ser o fundo do quintal onde ainda conservava alguns brinquedos e memórias. Em sua mente vieram palavras ditas a muito tempo por sua mãe: "A gente realmente cresce quando consegue fazer uma escolha sem se arrepender, se as escolhas não derem certo colecione experiências!". E já que o futuro dependia dela e a vida estava em tudo a sua volta pensou por um instante, levantou do balanço, abriu os abraços e decidiu, de fato Viver!


sábado, 25 de janeiro de 2014

Confidências #1


Sabe aquele costume de atribuir valores sentimentais a objetos e roupas?
Seja ele o vestido do casamento, a roupa da formatura, talvez a primeira camiseta que ganhou da namorada ou a bolsa que tanto queria, quando chegou em casa estava em cima da cama. A lista pode ser infinita e sempre tem alguma peça que você não consegue abrir mão.
Comigo não é diferente. Mas não pense que é por causa da valorização das peças "vintage" especificamente. A peça em questão remete a melhor época da vida de uma pessoa. Não é saudosismo, apenas o orgulho de ter vivido a melhor infância que uma criança pode ter.
Sabe, nunca esqueci daquele inverno gelado numa cidade do interior do Paraná. Aquele tempo meio-termo típico do estado. Verões chuvosos X Invernos com dias de sol. Quando dá uma esquentadinha a gente comemora. Foi o que aconteceu e na pressa saí sem casaco. Minha mãe deve ter dito "Pega a blusa menina!". Mas sabe como são as coisas, né!? Resumindo, naquela noite esfriou muito e eu só conseguia pensar em chegar logo em casa.
Bom, neste momento você já deve estar curioso(a) para saber que peça é esta, o que vem depois, enfim. Mas faço uma pausa para refletirmos sobre a vida e seus mistérios... rsrsrs brincadeira! Com certeza você já faz ideia ou tem um palpite. Vamos então ao que aconteceu de fato e como este gesto me inspirou a escrever este post.
Lembra daquela menina doce, a garota dos seus sonhos? Ou então, aquele menino que não te deixava em paz e gostavam de desafiar um ao outro? Você com certeza lembra dele. Seu primeiro amor! O ápice da inocência onde você tinha certeza de que se casariam, teriam filhinhos e pensavam nos nomes? Comigo foi assim e talvez ele nem tenha chegado a desconfiar. Mas estávamos juntos o tempo todo e amava cada segundo ao lado dele.
Na volta para casa sem perguntar se eu queria ele me deu sua blusa. Uma belezinha xadrez com toque de flanela. Ao mesmo tempo em que não queria deixá-lo com frio aceitei pois sabia que em poucos dias viria de mudança para o estado de São Paulo e queria algo dele comigo.
Esta história pode estar parecendo infantil ou atemporal. Mas teve um grande significado para mim, uma criança na época com 8 anos e alguns vislumbres do que seriam palavras quase extintas hoje como: companheirismo, cavalheirismo, Amor!
No momento estou sentada com um aparelho de ar-condicionado "assoviando" nas costas, mas aquecida com uma lembrança que me faz tão bem e traz à tona partes de quem sou. Afinal relembrar é Viver! 

Uma dica: Valorize pequenos gestos. Não se esqueça de quem realmente se importa com você!

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Hello People!


Bom, faz um tempinho que não apareço por aqui e estava com saudades. 
A verdade é que o tempo passa muito rápido e quando a gente vê "já são seis horas!", o ano foi embora e outro começou novinho para a gente desfrutar. Quase um mês se passou e estou pensando em dar uma movimentada aqui.
Criei este blog nos primeiros anos da faculdade de jornalismo e a ideia inicial era arquivar alguns textos que fiz e achei criativos ou deram alguma repercussão. Porque? Quem gosta de escrever sabe que cada texto tem sua particularidade, uma razão por ter sido criado, uma inspiração, ou simplesmente "nasceu",  isto o torna especial. Então, antes de tudo, queria ter a certeza de que não iria perdê-los. Parece improvável diante da tecnologia que dispomos na atualidade, mas já aconteceu e eu não gostei nada da sensação de não poder resgatar um texto perdido. Sabe o costume de sair mostrando para todo mundo quando se está escrevendo os primeiros textos? Daquele tipo literário que flui e quando você vê alguém pediu para mostrar a outro alguém sua cópia original a caneta e acaba "gostando tanto" que não devolve... mas isto foi a muito tempo, 10 anos atrás talvez!
Falei um pouco sobre minha vida "neste post" no início do blog mas quero mudar a dinâmica de postagens e me abrir mais, falar das minhas paixões. Uma delas a mais conhecida é a literatura, mas o que nem todos sabem é que tenho uma segunda paixão, talvez a primeira a se aflorar, que é a música. É onde consigo, assim como na escrita, abrir o coração e me sentir uma pessoa melhor em todos os sentidos. Me sinto abençoada, tudo silencia. Apenas a voz e o coração falam. Se eu canto bem? Aí já é outra história. Digamos que a música é minha essência, dom de Deus e quando canto não penso em mais nada. Quando você gosta do que está fazendo cantar bem é detalhe.
Aí, como sou eternamente apaixonada pela vida e pelas coisas boas que ela nos proporciona não teria como falar em paixão sem citar também a fotografia. Não é uma questão de gostar simplesmente ou entender a técnica 100%, é olhar a vida com outros olhos. Gostar de aparecer em fotos e também de correr o risco de que nem saibam que foi você quem tirou, mas sua alma está ali, seu ponto de vista, sua forma de ver o mundo. Falar sobre fotografia renderia muitas linhas e não é exatamente a ideia. 
Pretendo manter uma regularidade de postagens e espero que possamos "trocar umas figurinhas".

Uma dica: Ame a vida. Escolha viver!

Agora é mãos à obra, nos encontramos em breve! 

Beijo da Káh!