Sabe aquele costume de atribuir valores sentimentais a objetos e roupas?
Seja ele o vestido do casamento, a roupa da
formatura, talvez a primeira camiseta que ganhou da namorada ou a bolsa que
tanto queria, quando chegou em casa estava em cima da cama. A lista pode ser
infinita e sempre tem alguma peça que você não consegue abrir mão.
Comigo não é diferente. Mas não pense que é
por causa da valorização das peças "vintage" especificamente. A peça
em questão remete a melhor época da vida de uma pessoa. Não é saudosismo,
apenas o orgulho de ter vivido a melhor infância que uma criança pode ter.
Sabe, nunca esqueci daquele inverno gelado
numa cidade do interior do Paraná. Aquele tempo meio-termo típico do
estado. Verões chuvosos X Invernos com dias de sol. Quando dá uma
esquentadinha a gente comemora. Foi o que aconteceu e na pressa saí sem
casaco. Minha mãe deve ter dito "Pega a blusa menina!". Mas sabe como
são as coisas, né!? Resumindo, naquela noite esfriou muito e eu só
conseguia pensar em chegar logo em casa.
Bom, neste momento você já deve estar curioso(a)
para saber que peça é esta, o que vem depois, enfim. Mas faço uma pausa para
refletirmos sobre a vida e seus mistérios... rsrsrs brincadeira! Com
certeza você já faz ideia ou tem um palpite. Vamos então ao que aconteceu de
fato e como este gesto me inspirou a escrever este post.
Lembra daquela menina doce, a garota dos seus
sonhos? Ou então, aquele menino que não te deixava em paz e gostavam de
desafiar um ao outro? Você com certeza lembra dele. Seu primeiro amor! O ápice
da inocência onde você tinha certeza de que se casariam, teriam filhinhos e
pensavam nos nomes? Comigo foi assim e talvez ele nem tenha chegado a
desconfiar. Mas estávamos juntos o tempo todo e amava cada segundo ao lado
dele.
Na volta para casa sem perguntar se eu queria
ele me deu sua blusa. Uma belezinha xadrez com toque de flanela. Ao mesmo tempo
em que não queria deixá-lo com frio aceitei pois sabia que em poucos dias viria
de mudança para o estado de São Paulo e queria algo dele comigo.
Esta história pode estar parecendo infantil
ou atemporal. Mas teve um grande significado para mim, uma criança na época com
8 anos e alguns vislumbres do que seriam palavras quase extintas hoje como:
companheirismo, cavalheirismo, Amor!
No momento estou sentada com um aparelho de
ar-condicionado "assoviando" nas costas, mas aquecida com uma
lembrança que me faz tão bem e traz à tona partes de quem sou. Afinal
relembrar é Viver!
Uma dica: Valorize pequenos gestos. Não se
esqueça de quem realmente se importa com você!
Lendo este texto, inevitavelmente as lembranças invadiram meus pensamentos, e me levaram a reviver momentos que ficaram no passado, mas que estão sempre presentes, guardados em algum lugar escondido no coração, e que ainda possuem aquela sensação boa de ter vivido esses momentos , assim como nossa admirável escritora muito bem relatou em suas breves, mas precisas linhas, que" Afinal relembrar é Viver “quando revivemos esses momentos e a garantia que valeu a pena vivelos e que um gesto de carinho, por mais simples que seja como sempre digo vale por mil palavras”.
ResponderExcluirQue Lindo!! :)
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