terça-feira, 5 de junho de 2012

A cada dia seu milagre!

Os milagres de Deus são incontáveis. Basta vivermos em sua dependência para conferirmos sua essência sobrenatural em nossas vidas.
As bençãos divinas são constantes. Até mesmo nos tempos de calamidade podemos contemplar o bem de Deus repousando como orvalho reverdescendo o gramado que outrora fora queimado pelo sol causticante de um verão intenso.

Por José Ferreira

Dependência!

Não existe comida sem fome
Não existe água sem sede
Não existe navio sem oceano
Não existe paz sem guerra.

Não existe sol sem calor
Não existe preocupação sem problema
Não existe bens sem inveja
Não existe o falso sem que haja o verdadeiro.

Não existe o grande sem o pequeno
Não existe o servo sem o mestre
Não existe a dona de casa sem o lar
Não existe a cura sem as feridas.

Não existe a pena sem o pássaro
Não existe primavera sem que hajam flores
Não existem pedradas sem que haja um atirador
Não existe julgamento sem que haja um juiz e um réu.

Não existe alegria sem que antes haja choro ou tristeza
Não existe a benção sem um abençoador
Não existe calma sem tumulto ou tempestades
Não existe raça sem cor.

E em tudo isso existe uma atribuição benéfica de Deus.

Por José Ferreira

Manhã Fria!

Era uma manhã bem fria, tão fria que dava dó até de levantar da cama. Ao som do despertador do celular que me dizia: Está na hora de levantar para ir ao trabalho. Então depressa me apronto porque já é hora. Coloco minha blusa de frio e minha touca, jogo a mochila nas costas, pego minha bicicleta, logo sinto o vento soprar e o sereno que cai nesta manhã tão gelada.
Ao som dos meus passos e ao fechar a porta da cozinha sempre vejo meu cachorro levantar para me acompanhar, mas hoje ele não me acompanhou, talvez porque está muito frio, mas não faz mal. Sempre ele me acompanha até o portão olhando ele para mim parece me dizer:_ Tchau, tchau. Volte logo!
Então saio cortando o vento gelado daquela manhã, lembrando-me que nos meus dias de menino, lá pelos anos 70, quando sabíamos que iria esfriar ao ponto de cair geada eu fazia limonada e colocava do lado de fora da casa e no outro dia tomava aquela limonada gelada. Só assim a gente poderia beber algo gelado, pois não tinha geladeira, nem tão pouco luz elétrica.
Morávamos nas fazendas. Não esqueço da bacia d' água que eu colocava atrás da casa e acordava primeiro do que os outros para ver aquela bacia de gelo que doía as mãos. Então corria naquela grama fria que endurecia os dedos dos pés. Assim ia a manhã, a tarde e logo chegava a noite. Meu pai já estava com a lenha pronta para fazer o fogo para nos aquecermos. Pela manhã ele nos acordava para tomar café  e se aquecer à beira do fogo.
Lá fora o vento soprava, doía os ouvidos. Mas alguém tinha que sair para trabalhar e estes eram meus pais. Que não mediam esforços, enfrentavam sol, chuva, frio e assim me ensinaram a romper obstáculos. Por isso saio sentindo este vento frio na pele, mas por dentro estou aquecido. Vou até o fim. O frio vai passar. Sim, o inverno vai passar e eu vou sentir saudades desta manhã fria, quando o verão chegar.


Por José Ferreira