Ver pessoas entrando e saindo das farmácias com todos os tipos de medicação é uma cena corriqueira. Geralmente procuram por algum medicamento conhecido ou que alguém disse ser bom. Esta era a realidade do consumo de antitérmicos, analgésicos e antiácidos. Mas em 18 de fevereiro de 2010 entrou em vigor uma medida da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que proíbe a disponibilização destes medicamentos nas prateleiras. Eles passam a ficar atrás do balcão e deve ser solicitado ao farmacêutico ou balconista.
Para o enfermeiro Lourdes Gutierrez "Quando alguém toma remédio por conta própria, alguma doença pode ser mascarada e o sintoma só aparecer mais tarde". Já a empregada doméstica Tânia Souza confessa tomar até três comprimidos de uma vez quando sente dor de cabeça.
Na cidade de Rio das Pedras, essa resolução tem surtido efeito, no entanto as pessoas ao serem questionadas sobre tomar remédio sem orientação médica consideram comum e necessário. Rosário dos Santos é uma senhora de 70 anos, ela afirma que sempre que sente alguma dor, toma um "chazinho" acompanhado de um "remedinho". Pessoas da minha idade ja têm experiência e sabem como as dores. Como já sei o que é, tomo e saro no mesmo dia. Comenta.
Com esta medida a Anvisa busca inibir a prática da automedicação, que é uma prática muito comum e que em doses superiores às indicadas ou uso indiscriminado pode trazer graves danos a saúde. O contato do consumidor com o farmacêutico será mais frequente. A partir daí ele receberá orientações antes de comprar o medicamento.
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